sábado, 28 de fevereiro de 2009

SUPERNOVA




“Supernova é o nome dado ao corpo celeste que surge após a explosão de uma estrela e produz um brilho extremamente intenso. O brilho da explosão ilumina a área durante muito tempo, permitindo aos cientistas estudar o espaço ao redor, enxergar coisas que não poderiam ser vistas de outra forma”. Não. Você não entrou no site da superinteressante. Leia e confie.
Uma das experiências mais perturbadoras e preciosas dessa nossa existência é encontrarmos alguém com quem temos afinidade. Se fosse a Adriana Falcão a explicar, ela provavelmente diria que é algo como quando “seu enredo se depara com sua trama central”. Fosse o Djavan, chamaria “alumbramento”. Eu confesso humildemente não saber definir tal encontro.
Mas sei bem que tal explosão ilumina a nossa vida. Não há nada mais prazeroso do que a alegre constatação de que não se está só nesse mundo. Falo isso, porque frequentemente temos a impressão de que ninguém pensa como nós, ninguém entende o que sentimos e que por isso estamos em eterno descompasso em relação ao resto do mundo. Encontrar seres afins, ao contrário do que se pode pensar, afirma nossa individualidade. Eu só existo porque existe o outro.
Pessoas assim fazem a gente enxergar coisas que não víamos antes. Trazem luz. Apontam lugares escondidos em nossa alma. Com estes abençoados seres, as palavras são supérfluas. Basta sentir. Não há necessidade de explicações ou definições. Mas se a distância impõe a palavra escrita, ela sai leve. Esfumaça-se no ar. Este tipo de explosão não desorganiza as coisas. Pelo contrário. Coloca tudo em seu devido lugar. Esclarece. E não mais que de repente, até São Tomé das Letras passa a fazer sentido. É...também não vamos exagerar. Provavelmente S. Tomé das Letras não faz o menor sentido pra você. Mas você sabe o que é ser amigo e quando se é amigo, explicação é tipo apêndice: Se tiver, ótimo. Se não, a gente nem dá pela falta. Eu sei...você provavelmente continua sem entender nada. Mas eu não vim aqui pra explicar. Eu só queria mesmo era falar da supernova.
Bjo de hoje: Pra Magnus. Pra PP ( de novo!rs) Pra Nice. Pra Igres e Brian.

3 comentários:

Anônimo disse...

kkkkkk... mesmo assim gostei da Explicação.. hueheu

Muuuito bomm o Blog .. continuaa escrevendo sempre risomar..

bjaum!

Igres Leandro disse...

Oba! Ganhei o beijo do dia, haha!

Bela metáfora sobre encontro e explosão estelar!

Marinho disse...

Engraçado. Enquanto você acha que não conseguiu se fazer entender, suas palavras me chegaram como a fluidez das águas, nítidas e necessárias. Não sei se estas explosões são comuns no espaço, não devem ser. O universo não se disporia a mostrar tanto mistério frequentemente. Se assim fosse, nada de encanto e surpresas. O que equivaleria à morte. Sem falar que não é nada fácil ser capaz de ouvir as estrelas, como disse Bilac (mesmo quando elas gritam sua dor ou alegria numa explosão), a não ser com algumas condições, digamos, minimamente poéticas. E se, na minha distração tão comum, não percebi nas entrelinhas do seu texto a palavra poeta, só cientistas, limito-me a esperar as luzes de um fenômeno parecido. Aquele que foi produto de sua metáfora. Não precisa ser de maneira supernova, dada sua raridade, mas se fosse apenas nova, já seria muito bom.